InterFilmes.com - Entre o Céu e a Terra (Heaven & Earth) www.interfilmes.com/filme_13252_entre.o.ceu.e.a.terra.html Sinopse: Durante a Guerra do Vietnã, uma jovem vietnamita é torturada pelos dois lados das forças em conflito. Ao fugir do seu vilarejo, emprega-se como babá em uma casa de família e acaba ficando grávida do dono da casa. Posta na rua pela patroa, torna-se vendedora ambulante e até se prostitui, para sustentar a si e ao filho, até conhecer um sargento americano (Tommy Lee Jones), com quem se casa e vai morar na América. Lá um mundo totalmente diferente se apresenta, mas que também não está livre dos velhos rancores e preconceitos. Informações Técnicas: Direção: Oliver Stone Título no Brasil: Entre o Céu e a Terra Título Original: Heaven & Earth País de Origem: EUA Gênero: Drama Tempo de Duração: 140 minutos Ano de Lançamento: 1993 Estúdio/Distrib.: Warner Home Video Elenco: Hiep Thi Le - Le Ly Tommy Lee Jones - Steve Bu tler Haing S. Ngor - Papa Joan Chen - Mama Supak Pititam - Monge Budista Com enredo forte e emocionante esse um filme do diretor Oliver Stone que completa a sua trilogia sobre a Guerra do Vietnã: Platoon (1986), Nascido em 4 de Julho (1989), Entre o Céu e a Terra (1993). Apresenta a história verdadeira da vietnamita Phung Thi Le Ly Hayslip, que atualmente vive na Califórnia e escreveu duas obras autobiográficas: When Heaves and Earth Changed Places (com Jay Wurts) e Child of War, Woman of Peace (com James Hayslip), que fundamentaram o enredo desse filme. Durante a guerra, a jovem camponesa Le Ly (Hiep Thi Le) torna-se guerrilheira. Presa e torturada, sofre muito para sobreviver, até que conhece o soldado norte-americano Steve (Lee Jones, Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em O Fugitivo), que a levou para os Estados Unidos com seus dois filhos. Eles se casaram e tiveram mais um filho. Em certo momento, desesperado com a sua vida profissional, de matador, Steve tenta o suicídio, o que Ly evita, esclarecendo-lhe: - Eu também fui soldado em vidas passadas. Feri muita gente. Menti, roubei, odiei... Agora eu pago. Soldados tentaram me matar. Por muito tempo, nenhum homem me amou... nem me respeitou. É o meu destino. Somos iguais, Steve. Provocamos um carma ruim. E nosso débito será pago nesta vida... ou na outra. Mas não podemos desistir. Precisamos tentar. Raças diferentes... e o mesmo sofrimento. Novos e graves problemas aparecem na vida de Ly. E numa fase crítica, já decidida a divorciar-se, Ly procura um monge budista que assim lhe orienta: - Se você falhar, em dar-lhe a oportunidade de se redimir, vai apenas aumentar a sua própria dívida. Se rejeitar o Steve, estará rejeitando a sua própria redenção. Criança, você perdoou o homem que a estuprou, destruiu o seu país e fez mal à sua família . É assim que deve ser. O seu carma está ligado ao Steve. Se divorciar-se, apenas terá que voltar a fazer tudo de novo. O caminho para o Nirvana não é isento de perigos, é tortuoso e difícil. E se caminhar apenas nos dias de sol nunca alcançará o seu destino. Escolha bem, minha flor de pêssego. A expressão "flor de pêssego" deixa entender no contexto do filme que se trata de uma comunicação do próprio pai de Ly que já tinha morrido e se manifestou através da mediunidade do monge. A valorosa Ly - desde a infância, levada sempre ao templo budista pelo seu pai - como vemos, foi sustentada pelos preciosos ensinamentos de Buda, grande missionário do Cristo na face da Terra. O final de Entre o Céu e a Terra reserva aos espectadores estes belos pensamentos de Ly, hoje empresária e escritora, que ajudou a construir várias clínicas no Vietnã através da fundação East Meets West: - Eu estaria no sul, norte, leste, oeste, paz, guerra. Vietnã e América. É o meu destino estar entre o Céu e a Terra. Quando resistimos ao destino, nós sofremos. Quando o aceitamos, somos felizes. Temos tempo em abundância; a eternidade para repetir nossos erros. E precisamos corrigir os erros, só uma vez, para ouvirmos a música da iluminação, com a qual podemos destruir a cadeia da vingança. No coração se pode ouvi-la. Se os monges estavam certos, e tudo tem um motivo, então o valor do sofrimento é aproximar-nos de Deus, ensinando-nos a ser fortes quando somos fracos; corajosos quando temos medo; sábios em meio ao tumulto; e deixar o que não podemos mais reter. Vitórias são ganhas no coração, não numa terra ou em outra.

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