Kaingang e Xokléng cantam a demarcação de terras em seu cemitério violado por fazendeiros

submitted by TV HUMANA on 06/11/14 1

O Cemitério Indígena Kaingáng violado, continha mais de 20 urnas funerárias que foram removidas, além da ossarama dos parentes, foi encontrado também uma urna contendo um livro, e no local, machadinhas e outros artefatos, relíquias que depois de removidas dificilmente contarão toda história. As fotos, presentes nos jornais da época e entregues aos técnicos da FUNAI, são prova viva do relato dos parentes mais antigos. Hoje, depois de 30 anos a espera da demarcação de suas terras já homologoadas e reconhecidas pelos laudos antropológicos, os Kaingángs da família Condá Vitorino exigem o retorno das ossaramas de seus parentes ao local onde tombaram na luta contra o branco, juntamente com os Guaranis e Xokléngs, durante a colonização e a expansão territorial em 1920. A conjuntura atual em que se apresenta a questão indígena no Brasil, chega até a ser vergonhosa para os governantes e órgãos responsáveis, como ao Poder Judiciário, Ministério Público e Governo Federal, uma vez que a violação dos direitos humanos transcende a questão histórica e ultrapassa os limites do passado, para se apresentar nos dias atuais, na forma de exclusão social, exclusão à uma alimentação digna, exclusão ao direito de exercer livremente seu modo de vida e sua cultura, exclusão ao direito à um sistema de saúde e principalmente exclusão ao direito garantido pelo Art. 231 da Constituição Federal, o direito à terra dos antepassados. O Acampamento Vitorino se apresenta nas mais precárias condições possíveis. Sem água, sem luz, sem escola, sem posto ou viatura de saúde, sem receber cestas básicas do governo, sem terras para plantar uma roça que possa fornecer alimento a todas famílias do acampamento. Os Kaigángs, como já sabido, bravos guerreiros da cultura e da tradição, não se submetem a um modo de vida diferente do seu modo originário, permanecendo na linguagem, no artesanato, na música, as suas mais profundas raízes. Como toda população indígena no Brasil de hoje, reinvindicam na justiça seus direitos, e aguardam a retirada da PEC 215 e do PLP 227, projetos que tramitam no congresso nacional com apoio da Ministra Gleise Hoffman, e com profundo repúdio da comunidade indígena nacional, por ser esta uma representante de interesses internacionais, como apresentado nas mudanças realizadas no Código Nacional de Mineração e agora na tentativa de mudança nos processos de demarcação de terras indígenas. A estagnação dos processos de demarcação das terras tradicionais relegam à parte mais preciosa de nossa cultura e de nossa gente originária, o mais cruel destino, já sem qualquer alternativa, o risco de morte nas retomadas de suas terras tradicionais é iminente. Desta forma, o governo brasileiro fomenta o ódio entre as etnias deste país multilíngue e multiétnico, com o mais famigerado cinismo, a prática das "vistas grossas", certamente para depois poderem afirmar que "não sabiam de nada". Pois bem, aqui estamos, por meio deste canal, divulgando tudo o que está acontecendo hoje nas comunidades indígenas desse país, para que nossos governantes, legisladores e juristas não tenham como negar o conhecimento da causa.

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