A violência da polícia não tem limites, e não está amparada em nenhuma lei, nem tem nenhuma legitimidade. Trata-se de violência pura e simples contra os pobres para proteger os interesses econômicos de empresários e interesses políticos dos governos. E as comunidades não podem continuar a sofrer esta violência sem organizar a sua defesa. Sabemos que nenhuma iniciativa de autodefesa vai poder se equipara à PM em termos de força. Mas podemos, sim, minorar os danos às pessoas. E aumentar o desgaste político gerado por estas ações policiais, fazendo com o que os governos que as comandam pensem duas vezes antes de determinar estas ações. As últimas experiências em São Paulo, e agora, em Contagem, vem se somar ao quadro que já tínhamos no Rio de Janeiro, e indicam claramente isso. É preciso ver que passos concretos podemos adotar, já, nesta direção.