Quem conhece o escritor mineiro Luiz Ruffato pelos livros, pode não imaginar que, ainda jovem, ele batia um bolão como lateral esquerdo dos times de bairro da pequena Cataguases, em Minas Gerais. Isso até se machucar e ter que abandonar de vez qualquer possível vontade de seguir em campo. Ruffato sempre gostou de futebol. "Todos os meus livros tem futebol. Não há um livro meu que não tenha uma ligação explícita ou implícita com o futebol", diz. O escritor, autor de Eles Eram Muitos Cavalos (Boitempo), O Mundo Inimigo (Record), Estive em Lisboa e lembrei de você (Cia das Letras), entre outros, e organizador da antologia Entre as Quatro Linhas (Dsop), abre a série Histórias da Copa relembrando momentos curiosos, como no mundial de 1970, na vitória do Brasil sobre a Itália por 4 a 1, e em 2006, quando a nossa seleção foi desclassificado pela França, por 2 a 1, um final trágico que parece ter sido previsto por sua gata. Ele fala ainda sobre o Flamengo, time para o qual aprendeu a torcer ouvindo as transmissões pelo rádio. "Até talvez a década de 1980, o rádio era mais importante que as TV. Dependendo de onde você morava, a rádio que pegava era a que você tinha mais afinidade. Embora eu morasse no Estado de Minas Gerais, as rádios que pegavam eram do Rio de Janeiro e só transmitiam jogos dos times do Rio. Na minha cidade ninguém torcia para os times de Minas". A série Histórias da Copa trará cinco entrevistas com diferentes personalidades relembrando histórias dos mundiais e falando de sua relação com o futebol. Até 11 de junho, toda a quarta-feira, o SaraivaConteúdo coloca no ar uma nova entrevista. Depois de Ruffato, na próxima semana é a vez da cantora Paula Lima falar da sua ligação com o futebol.

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