Aviação sempre foi a paixão de Ivan Sant'Anna

submitted by TV HUMANA on 06/08/14 1

Por André Bernardo Quando era criança, sempre que alguém lhe perguntava o que queria ser quando crescer, Ivan Sant'Anna não titubeava: piloto de avião. A paixão era tanta que, tão logo completou 18 anos, tirou o brevê. Já homem feito, esse carioca de 71 anos não largou o sonho de menino nem quando enveredou pela literatura. Dos 11 livros publicados, pelo menos três deles, "Caixa preta", "Plano de ataque" e "Perda total", tratam do assunto. "Como a maioria dos pilotos, sempre tive interesse por aviação e por desastres aéreos também", admite. Lançado pela Objetiva, "Perda total" retoma o mote de "Caixa preta", de 2000. Juntos, os dois investigam os seis maiores desastres aéreos da aviação brasileira. Desta vez, Ivan reconstitui a tragédia do Fokker da TAM que caiu logo após decolar de Congonhas em 1996, o choque entre um avião da Gol e um jato Legacy em 2006 e a explosão do avião da TAM que saiu da pista após aterrissar em Congonhas em 2007. "Em números de vítimas, o acidente do Airbus da TAM foi o maior da aviação brasileira, com 199 mortos", afirma. Como um bom piloto amador, Ivan Sant'Anna não deixou de traçar um "plano de voo" para o livro. Ao longo dos últimos três anos, leu as transcrições das caixas-pretas, pesquisou falhas no sistema aeroviário e entrevistou amigos e parentes das vítimas. Não satisfeito, ainda ouviu pilotos comerciais, peritos em aviação e engenheiros aeronáuticos. "Voar continua a ser muito seguro. A taxa de acidentes fatais nos EUA é de 0,4 acidentes por 1 milhão de voos. É quase como ganhar na loteria duas vezes seguidas", tranquiliza. Antes de seguir a carreira de escritor, Ivan Sant'Anna trabalhou, por 37 anos, no mercado financeiro. Ex-operador das Bolsas do Rio, de Nova Iorque e de Chicago, chegou a ganhar, no início dos anos 70, o equivalente a 5 mil dólares por dia. Em dezembro de 1992, quando já estava com 52 anos, sentiu que algo lhe faltava. Foi quando largou tudo. Hoje, aos 71, não se arrepende da decisão. "A profissão de operador era muito estressante. Muito mais do que a de piloto ou controlador de voo", compara.

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