direção de Tadeu Jungle e Elaine Cesar. 110", cor, HD, 2011. Um filme que mistura de forma labiríntica depoimentos recentes e imagens históricas da carreira do o diretor, ator e dramaturgo Zé Celso, do Teatro Oficina, uma das maiores personalidades das artes do Brasil de todos os tempos. O documentário adquiriu o seu verbo principal em quatro viagens a pontos chave da trajetória do Zé: Sertão da Bahia, Praia de Cururipe em Alagoas (onde o Bispo Sardinha foi devorado), Epidaurus e Atenas, na Grécia e o apartamento de São Paulo. Com acesso livre ao infindável e sempre crescente arquivo de imagens e sons do Grupo Oficina, misturados com imagens contemporâneas, constrói-se aqui uma visão muito particular e instigante, que resulta num filme estimulante e num documento mágico para hoje e para sempre. Sem legendas, sem datas aparentes e sem didatismo, o filme é um fluxo potente de imagens e sons que deixam o espectador em estado de constante atenção. EVOÉ, um filme antropofágico na sua essência, pode ser exibido de forma cíclica, pois não tem um começo e com certeza nunca terá fim.