Nesta quarta-feira (01), um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Supremo Tribunal Federal, onde ergueram faixas e cartazes, além de gritar palavras de ordem na tentativa pressionar o ministro Gilmar Mendes a devolver a ação que torna inconstitucional o financiamento empresarial nas campanhas políticas. “O financiamento deve ser público e não pode ser vinculado à empresas, por que desta forma compromete o papel do gestor público, do parlamentar que ao invés de ficar vinculado aos grupos sociais, fica alienado aos grupos econômicos” explicou José Wilson de Sousa, diretor de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). O vice-presidente da CONTAG, Willian Clementino, afirmou que a manifestação foi um ato de protesto para “mostrar a insatisfação da sociedade civil organizada por uma atitude do ministro do STF sobre questões como Reforma Política e eleições limpas”. Neste dia 02 de abril, completa um ano que o ministro pediu vista da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.650. A matéria contava com seis votos favoráveis e um contra, faltando apenas o voto de Gilmar Mendes. A atitude do ministro, é encarada como uma conhecida manobra para suspender o julgamento por prazo indeterminado. Para a militante Wilma dos Reis, a ação de Gilmar Mendes é articulada com grupos interessados em não ter a votação deste projeto e diz que “a população só consegue as coisas através da pressão e da luta”. Ao final da manifestação, que durou cerca de uma hora, a dirigente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Tassia Rabelo, deixou um recado para o ministro. “Não importa se vai ser a favor ou se vai ser contra, o que não pode ser feito é impedir que o STF dê parecer sobre a matéria, por isso Devolve Gilmar” concluiu. Por Janary Damacena, da Agência PT de Notícias.