A classe média brasileira saiu à rua para defender os serviços públicos contra as despesas o... euronews, a rede de notícias internacionais de maior audiência na Europa. Inscreva-se e receba a sua dose diária de notícias internacionais selecionadas e analisadas para si:eurone.ws/10U1VGu A euronews está também disponível em 13 outras línguas: eurone.ws/Z37vX4 pt.euronews.com/2013/06/18/brasileiros-querem-transportes-publicos-mais-baratos-e-so-depois-o-futebol A classe média brasileira saiu à rua para defender os serviços públicos contra as despesas o futebol. O Brasil é o anfitrião do Mundial do Futebol de 2014, e futebol é desporto rei no país. A organização do evento desportivo vai custar 11 mil milhões, mas os manifestantes preferem que o dinehiro seja investido em hospitais e em escolas. O rastilho que desencadeou a revolta foi um banal aumento de 20 cêntimos no preço do bilhete de autocarro em S. Paulo. A cidade, com 11 milhões de habitantes, tem afixado por todo o lado o "Não aos 3,20 reais do bilhete", equivalente a 1,12 cêntimos. Os paulistas pagam o bilhete de autocarro mais caro do mundo em relação ao salário: têm de trabalhar 14 minutos para o pagar. Em Madrid, péor exemplo, paga-se com 6,52 m. O presidente da Câmara de S.Paulo, Fernando Haddad, argumenta: "O esforço que foi feito ao longo do ano para que o reajuste da tarifa fosse muito abaixo da inflação foi enorme e obriga a investir 600 milhões de reais em subsídios." Ou seja, 207 milhões de euros. Os protestos têm por pano de fundo a desacelaração da economia brasileira: O PIB brasileiro só aumentou 0,9% em 2012, e 0,6% no primeiro trimestre deste ano. A inflação situa-se nos 6,5% por ano. O desemprego ronda 6,5% Para muitos brasileiros é difícil chegar ao fim de mês. Principalmente por causa dos preços da alimentação, que aumentaram muito nos últimos tempos, como assinala Katia Nascimento, que compra num mercado de Rio de Janeiro: "Na semana passada um saco de legumes custava 1.50 reais, (50 cêntimos) hoje já está a dois reais (setenta cêntimos). . Só aumenta, só aumenta...fica complicado para comprar. Sétima economia do planeta, o Brasil continua a sofrer enormes desigualdades sociais, apesar dos anos de vigoroso desenvolvimento económico. Sigam-nos: No YouTube: bit.ly/zYBTAR No Facebook: www.facebook.com/euronews.fans No Twitter: twitter.com/euronewspt